Por que algumas pessoas nunca se apaixonam?
- Súlivam Sena
- 29 de jul. de 2022
- 3 min de leitura
Atualizado: 13 de ago. de 2022
- Nossa, Sullivan, existem pessoas que não conseguem se apaixonar? Me conta isso! - Conto AGORA. Se liga… Realmente é desafiador pensar que em tempos de emoções tão acaloradas, se apaixonar esteja sendo um tema cada vez mais falado nas sessões de terapia, mas de maneira inversa: muita gente sentindo dificuldade na entrega e com MEDO de se apaixonar- isso mesmo, medo! Vem cá, você já sentiu esse medo? Quem nunca saiu de um relacionamento doloroso e se viu resistente a pensar em encarar outra paixão? Acontece que tem pessoas que conseguem superar (algumas mais facilmente e outras nem tanto) uma relação passada e tem pessoas que ficam com traumas tão profundos que se apaixonar se torna tema proibido com direito a climão e tudo. Se apaixonar significa se desnudar, se entregar. A paixão exige tesão junto a intensidade e uma exposição quase sem escrúpulos da própria vulnerabilidade. Existe um gasto energético muito grande e quando vem a decepção esse gasto energético se torna frustração, tristeza e muita dor. A pessoa passa a não querer mais confiar ou acreditar em outras pessoas. Aquilo se torna um pesadelo.
- Quer dizer então que surgiu da frustração de um relacionamento anterior? Não apenas isso, caro leitor. John Bowlby, psiquiatra e psicólogo conhecido pelo exímio trabalho sobre o desenvolvimento infantil tornando-se assim pioneiro na teoria do apego, nos traz que o indivíduo se molda no decorrer de seu desenvolvimento de acordo com os cuidados que recebeu.
Ele nos traz aqui 3 tipos de apego: Apego evitativo, ansioso e seguro. Geralmente pessoas com o tipo de apego evitativo estão sempre fugindo de relacionamento e no geral são as pessoas que quando se decepcionam, buscam ao máximo se fechar. Geralmente é o ripo de apego com maior desafio quando o assunto é entrega e confiança.
Confiança também é tema do “apego ansioso” já que tendem a insegurança e medo constante de traição, abandono e rejeição. O mais interessante é que muitos estudos comprovam haver algum tipo de química entre ansiosos e evitativos. É o tipo de casal que mais se vê: um comtendência a se distanciar e o outro com tendência a correr atrás chegando até a sufocar aquele que se distancia. Como se um validasse o tempo todo a crença do outro: “Viu só? Não nasci para ser feliz no amor! Relacionamentos são perda de tempo e só dão dor de cabeça.” Pretendo não me estender tanto aqui no que diz respeito aos apegos, mas basta saber que parte desses medos e receios tiveram seu início na infância. Uma das coisas que mais trabalho nos atendimentos é a importância de liberar perdão. Quando soltamos às mágoas e perdoamos àqueles que de alguma maneira nos fizeram mal, abrimos espaço para o novo e nos permitimos viver de outra maneira. Isso porque com o perdão liberamos também as crenças. As crenças são autorealizáveis mais você acreditar não merecer, mais isso se realizará- em diferentes setores da sua vida. Então comece perdoando seu pai, sua mãe, seus avós. Perdoe-se. Dê-se essa chance de se abrir para o amor. Mas antes comece com o amor interno. Comece priorizando seus sonhos e suas necessidades. As relações não precisam ser duras e acredite: mudando suas crenças, você mudará sua realidade. Bóra olhar pra esse medo, bóra olhar pra essa resistência, bóra mergulhar e curar essas feridas. Você tem muito pela frente! Você merece viver TUDO que nasceu pra viver. Não se contente com menos que isso!





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