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Nasci em um lar onde a chamada “mistura” era a carne. Meus pais, migrantes nordestinos, não recusavam uma “buchada”, “rabada”ou “dobradinha”. Meu irmão mais novo já tinha seus 18 anos quando eu nasci, e nessa altura após ler sobre budismo e toda a cultura hindu, ele flertava com o vegetarianismo, tendo passado pra mim, desde nova, um outro olhar para com os animais.


Aos 7 anos visitei com minha mãe o lugar onde ela nasceu no interior do Rio Grande do Norte. Vi de perto como faziam para que a carne chegasse ao meu prato. Busquei resgatar alguns animais, chorei e pedi para não matarem. Não adiantava. 
Mais tarde aos 15 anos aproveitei a abertura da quaresma para iniciar meu vegetarianismo de maneira que não me fizesse notada pela minha mãe (que não simpatizava muito com essa ideia que desde os 7 anos me chamava) já que a mesma é católica fervorosa e adorava o fato de eu ser tão assídua na igreja (na paralela eu também frequentava templo Hindú e estudava Wicca e Fraternidade Branca).


Então dei início ao vegetarianismo entre 2000 e 2001 e em 2005 ao me deparar com o documentário “A carne é Fraca” percebi que não era só a carne, eu precisava ir além. Em 2006 conheci pessoalmente a Nina Rosa, idealizadora do documentário, a Marly Wikcler, a então presidente da Sociedade Vegetariana Brasileira e muitos outros ativistas comprometidos com a causa dos animais. Tive a honra de ser mestre de cerimônias do 1º congresso Latino americano sobre direitos dos animais organizado pelo Instituto Nina Rosa. Aquilo mudou a minha vida. Eu vi que além de mim existia um mundo de pessoas engajadas.

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Em 2007 me afiliei a SVB. No mesmo ano morei na Argentina onde já não comprava derivados ou produtos testados em animais. Meu maios desafio, pala além do paladar, ainda era social: casa dos amigos e familiares que relutavam em aceitar meu vegetarianismo e se “esforçavam” para me agradarem com pratos “vegetarianos” (ovo lacto vegetarianos).
Final de 2007, ainda na Argentina, eu engravidei da Clara e mais uma vez minha vida deu aquela reviravolta. Ela era vegana (gente, eu enjoei de um jeito o cheiro de queijos, leite… o cheiro de ovos) e me ajudou a saber dizer “não” para as pessoas e para meu paladar ainda viciado em lácteos. Era eu comer qualquer coisa que levasse derivados ou sentir o cheiro que pronto, passava mal. Ali eu me tornei ativista em várias frentes.
Estudei com afinco o veganismo (mesmo com uma literatura tão escassa na época), o que comer, como nutrir aquele ser que crescia em mim e que desde a barriga já me ensinava sobre foco, determinação e compaixão.


Contrariando médicos, família e toda uma sociedade, Clara nasceu com 3 kg 950gr, medindo 51cm e meio. Forte. Eu não tive anemia, como dizia a médica… aliás, nem a anemia comum entre as recém mamães. Hoje ela tem 12 anos e meio, está maior que eu e possui um talento único de se conectar aos outros. Clara e empatia são quase sinônimos.

Posso afirmar com segurança que o veganismo traz uma consciência mais ampla do mundo. Passamos a enxergar a natureza, as pessoas, as causas e todo o planeta sob uma nova ótica. Pelo menos pra mim, essa vem sendo experiência. Percebi que tudo está conectado a tudo. Sabe efeito borboleta? Quase isso. Essa consciência nos ajuda a transpor os limites impostos pelos sentidos. O paladar se torna um detalhe ínfimo. Enquanto existir dor, sofrimento e tortura para com os animais, nós humanos, da mesma maneira estaremos fadados a sofrer.

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“Enquanto o ser humano for implacável com as criaturas vivas, ele nunca conhecerá a saúde e a paz. Enquanto os homens continuarem massacrando os animais, eles também permanecerão matando uns aos outros. Na verdade, quem semeia assassinato e dor não pode colher alegria e amor.” 

 

Pitágoras
 

Origem do Veganismo

Donald Watson, vegetariano desde 1924, filiou-se em 1930 a Sociedade vegetariana local (Inglaterra) e em Novembro de 1944 Nasceu a “Vegan Society” com o intuito de expandir o olhar para além da dieta vegetariana estrita, compreendendo também vestuário, testes e afins.
 

 

“Veganismo não é dieta. É um conjunto de práticas focadas nos Direitos dos Animais e, por consequência, entre elas, está a adoção de uma alimentação estritamente vegetariana. Vegans, ou Veganos, entendem que os animais têm o direito de não serem usados como propriedade, e que o veganismo é a base ética para levar esse direito a sério.”

Minha história com o veganismo

Indicação de documentários

(para assistir, clique na imagem)

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